Enquanto professor-aluna mantivemos um conhecido ódio de estimação recíproco, mais tarde, uma convivência pacífica, com um toque de amizade pelo meio. Sincera.
Mas à medida que eu ia viajando e vivendo em Itália fui-me apercebendo de que essa Itália, cultura e gentes de que nos tinha falado, existiam mesmo! Uma pintura viva das aulas do primeiro ano, onde não se distiguem a cópia e o original. La pazzia della gente del sud, il dialetto... Ou até mesmo Antonio Tabucchi! Sim, foi quando dei comigo em Siena a descer do autocarro e ir direitinha até à universidade para conhecê-lo que me apercebi que o tal Miguel Brito era um professor a sério, e que nos tinha viciado a todos na sua "droga"!
Pensei muitas vezes em dizer-lho, falar da admiração que tinha por ele, que entretanto até já quase tinha esquecido o velho ódio de estimação... mas fui sempre adiando (como todos sabem, a minha especialidade é mesmo criticar), e agora ele deixou de dar aulas na minha antiga universidade!... :S
Por isso, Miguel Brito, caro professor de italiano, se algum dia ler este post, apesar de não poder saber quem o escreveu, saiba que eu, ErvilhaMaravilha, tenho uma GRANDE admiração por si!
