sexta-feira, 15 de dezembro de 2006



Depois, claro, há sempre aqueles gestos errados, sorrisos que não deviam ter sido esboçados, ou uma cabeça que se virou para o lado quando na verdade deveria ter sido erguida verso o céu.
Mãos que não se cruzam porque se querem e se deviam simplesmente ter enlaçado, ou NADA. Nada, a simples apatia, e fingir, ignorar o outro corpo na mesma cama, a mesma vontade.
Esquecer este Tempo, de fronteiras indelimitáveis - se as houvesse. Pensar, ou afastar-se do pensamento a passos largos, como se nele tivesse o momento em que o futuro muda - e estava.
Agora o silêncio, e as ruas de uma cidade vazia, que não dizem nada senão a loucura que provocam nos subúrbios do meu pensamento, e desejo ter cruzado os braços há muito tempo, fechado os olhos, e virado para o outro lado. Assim só, como se não lá esivesses. Talvez tivesse sido essa a única maneira de fazer com que agora estivesses aqui.