E porque não fazer uma franja?, pensei. Agarrei na minha tesoura de cortar papel que custou 0,50€( uma fortuna, eu sei), e lá fui cortando, madeixa a madeixa...
Enquanto cortava a franja, recuava no tempo, e de repente estava outra vez sentada na beira da banheira, como quando tinha 5 anos, e cada sábado, depois de me dar banho a minha mãe "cortava a franja à Tita", com a eterna tesoura preta. Já não me lembro se eu gostava ou não, se a franja ficava direita... mas acho que foi um ritual durante muito tempo!
Depois também me lembrei disto, quando eu e Ela nos cortámos o cabelo uma à outra, num mix de originalidade e sei lá mais o quê!
Agora tenho uma franjinha engraçada, e cada vez que me olho ao espelho quase acredito que sou A Tita outra vez, com 5anos, e um coelho cor de rosa sempre pela mão!