terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Lisboa

Ciclovia c árvores
Enquanto aqui estou sentada neste canto do mundo tenho saudades, e penso em planos fantásticos que nunca realizarei. Mas somos portugueses, e isto é mesmo assim: temos de ter sempre saudades, e desejar o passado, enquanto construímos castelos no ar, manuelinos de preferência, que sabemos nunca construir, nem os queremos realizados sequer, um homem sem sonhos é algo vazio.
Longe das cidades que chegam facilmente ao fim de uma viagem de comboio tenho duvidas, demasiadas, medo de não ser capaz. Traço os meus planos e ao revê-los duvido até que ponto terão realmente sido traçados por e para mim. Corro atrás do fim do arco-irís, mas sei cada vez menos que o pote das libras de ouro está no seu fim, ou que seja esta caminhada, sem bicicleta, quem as traga para mim.