sábado, 2 de dezembro de 2006

Dos comboios que vão para a Antuérpia...
Com todas as cidades que vêm depressa, entram eufóricamente pela janela, e se afastam perdidas com a nostalgia do passado.
Pela janela deste comboio vejo a tua imagem reflectida no vidro, persistente e inalterável apesar da correria das imagens que me correm pelos olhos, das cidades que vamos abandonando, sem sequer ter estado.
Antuérpia fica para trás, com os seus comboios, com a tristeza de qualquer sonho realizado, e eu penso em nós e nas distâncias. De como não as consigo sentir e gosto de adivinhar as tuas palavras e expressões e calculo quantos comboios já apanhámos juntas, em quantas cidades, ou quantos mais e onde apanharemos.