Em toda a rua só havia lugar para estacionar em frente ao Bar onde Ele trabalha.
Manaja, penso. Estaciono depressa, decidida a passar bem em frente, fingindo que não queria que ele me visse.
Lá dentro alguém pede um café. Desligo o carro. Ele avança para a máquina. Abro a porta. Ele bate o filtro da máquina. Fecho a porta. Enquanto o serve, tranco o carro, e passo apressada em frente à janela enquanto Ele estende a chávena e olha pela janela.
Não! A chave encravou, não sai da porta.
Enquanto Ele serve o café e olha pela janela a ver quem passa, estou eu corada, aos murros na porta do carro. Um joelho no passeio, outro contra a porta, os livros no tejadilho, e a mala e o casaco espalhados no passeio.
Por momentos até a ideia de ir embora e ficar sem carro me agrada mais do que estar ali! Já eu insultava e pontapeava o carro, quando Ele saiu para me vir ajudar. Pisava o primeiro degrau quando a chave ficou na minha mão...
Discretamente, apanho as minhas coisas, sacudo a roupa, e afasto-me a passo apressado, segura de Ele pensou que eu não queria ter sido vista! (mas assimnão queria mesmo!!!)