segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Há um momento em que deixamos de caber no berço

Um poeta cujo nome não me lembro disse uma vez "Há um momento em que deixamos de caber no berço".
Crescemos, somos grandes e já ninguém pode tomar conta de nós. Nem queremos.
E assim é, marchamos contra medos, ignoramos a fragilidade, e vamos, e voltamos... ou não.
Aconteça o que acontecer já não volto a caber no berço, e a minha mãezinha não irá à escola reclamar com a professora.
Não soube hoje, saberei amanhã... Tal como pergunta o Marco, vão ter de me oferecer uma faca para cortar os pulsos, ou uma mala de viagem?
Seja qual for o resultado, só desejo uma gélida parede fria para me dar a notícia e dizer ao mesmo tempo que não está preocupada com a minha reacção. Nem lágrimas nem gritos, não lhe interesso.