sábado, 17 de julho de 2004

Nada nem ninguém

Não há nada nem ninguém. Uma música velha vem não sei de onde e canto-a em silêncio; uma luz mortiça sob a qual leio o jornal da semana passada. A garagem está vazia, a casa também, o telefone cortado, não sei das chaves. Não há ninguém que faça o telemóvel tocar, ou a campainha eoar. Silêncio. Passo fome, nã0 sou capaz de me levantar daqui, o meu corpo contorce-se entalado nas rou pas largas. Uma melga morde-me o pé descalço. Reclamo mas não sou capaz de sair da luz amarela para matá-la. O sol nasce e a luz cega-me. Adormeço, não sei se volto a acordar. O post acaba. O blog também.