sábado, 1 de maio de 2004

A ressaca queima e torna o meu corpo vazio: o amor existiu apenas no outro e doeu nele.

Há um grito que fica gravado dentro de nós por cada vez que amamos. A ressaca queima quando o amor acaba, torna o corpo vazio como váquo quando o amor existiu apenas no outro e doeu nele. Eu prefiro sentir a dor ao váquo. Prefiro amar-te na hora em que partes, e ver-te doido de vazio, quase invisivel pelo nada que conténs. Sinto-me agora só, mas amei um dia e fiquei plena dessa vez. Vou lendo o grito gravado cá dentro, e ardendo em dor como se tivesses sido o primeiro. Tu divagas e perdes-te, nem chegando a ser teu, tal é o egoísmo. E desapareces. Evaporas sem a singularidade do éter. Perdes-te em nada, de tanta integridade!
  • O sentido deste poema foi-me dito uma vez mas com outras palavras. Esperimentei estas, e ei-lo!
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